sequer o porquê de te querer conhecer?
De te tocar a mão? De te tocar a face?
Só preciso de saber que és real, que a felicidade existe.
E, se no final do dia tiver de voltar a casa, voltarei contigo.
e a saber a mar.
Queria poder senti-lo, prová-lo nos teus lábios e cabelos.
E o mar, esse mar, bandido, que nos apunhala sempre pelas costas.
E rouba as crostas.
Deixa as cicatrizes para nunca esquecer-mos o mal, aquele mal.
Aquele mal que o fez apunhalar-me.
Pelas costas.
E roubou crostas.
E deixou as cicatrizes bem salientes.
Para saber o sítio exacto onde.
Numa próxima vez.
Poder apunhalar.
De novo.
Numa pele nova.
Magoada.
Chorada.
Que faz ter nojo de mim.
E de todos os outros.
De todo o sal que te envolve.
De todo o sal que nos envolve.
De todo o sal que nos envolveu.
É o nojo.
Triste.
Que abala a alma queimada.
Grita amor.
Segrega contrito.
Alma queimada pelo sal.
Gelado.
Gostava de saber de cor os teus caracóis;
Gostava de saber com o é sentir-te nos meus lábios;
Gostava de (conseguir) percorrer a tua espinha com a ponta dos dedos;
Gostava de ser mar e de te envolver e causar pele de galinha;
Gostava de ser eco do teu grito no topo da montanha;
Gostava de ser tudo,
Como o ar e o vento
E a vida e o mar
E o grito no topo da montanha
E os caracóis e a pele de galinha,
Para ti.
Gostava que soubesses que
És a vida que pulsa e combate com a
Batida inerte de querer que desista
De mim
Gostava que soubesses
A razão dos cigarros e do café
Que eu quero que me consuma e transforme
Em cinza
Eu gostava que o soubéssemos.
jess Skinner
Amo-te.
http://www.youtube.com/watch?v=DAO0lU8SrAY&feature=youtube_gdata
Como prometi no post anterior, aqui está a *outra* história que contei à inês.
Era uma vez dois cavalos. Eram muito altos e fortes, os únicos do prado (pelo menos num raio de 300 km) e gostavam muito de correr juntos, testar os limites. Um dia chegaram uns índios montados em mulas e acabaram por cerca-los. Mataram o mais escuro e alimentaram a tribo, o mais claro deram-no ao Chefe. O Claro ficou triste porque já não tinha um amigo com quem correr, e o chefe era gordo e pesava muito nas costas dele, e ele não gostava nada de correr com tanto peso no lombo como o Claro não gostava do chefe por ele ser gordo e pesado, conseguiu esquivar-se do acampamento, mas ainda sentia muito a falta do Escuro, por isso voltou para o Chefe. Mas agora não o deixava montá-lo, ripostava sempre que o balofo lhe pegava as rédeas e tentava subir para cima dele
Acabou por se tornar um cavalo inútil. De noite fugia para correr, como não via tão bem não lhe custava tanto imaginar o Escuro a seu lado. Quando voltava passava o dia a pastar e a 'mirar las chicas'.
Mas um dia, grande parte dos índios machos saíram a cavalgar, apenas as mulheres ficaram a tomar conta da civilização (crianças, tendas e animais, basicamente). Voltaram com 2 éguas maravilhosas. Também muito altas, musculadas. O chefe não gostava delas, mas não tinha opção. Eram as únicas fêmeas que os índios tinham encontrado nos últimos anos, a que tinham com eles estava caquética e muito muito velha.
Chamavam-se Branca e Bruta, Sendo a Branca branca e a Bruta... bruta. O Claro ficou bastante excitado com a ideia de ter novas companheiras, ensinar-lhes-ia como fugir durante a noite. Correram os três na primeira noite, foi pena a Branca se ter perdido. Pobre coitada, nunca mais ninguém a viu.
A Bruta não era de falas mansas, mas se havia coisa que apreciava era a liberdade. As escapadelas nocturnas sabiam-lhe muito bem. Aprenderam a gostar um do outro, de certo modo, completavam-se, como se a Bruta tivesse assumido o lugar do Escuro e o Claro o lugar da Branca.
Ficaram os dois uns langões. Passavam o dia a dormir e a comer. O Chefe não gostava nada disso, só lhe causava despesas. O Claro já estava um expert na linguagem corporal dos índios, e percebeu que o melhor era fugir e nunca mais voltar. A Bruta acompanhou-o nesta nova jornada. Sairam de noite, como era hábito, e voltaram para o prado onde a Claro e o Escuro foram felizes - agora sem Escuro, mas com a Bruta. Não voltaram a ter ploblemas com o Chefe gordo nem com os restantes índios. Eram felizes e assim continuaram durante muito muito tempo.
Nunca mais ninguém os chateou, mas houve um dia em que a Branca apareceu e eles ficaram ainda mais felizes, mas isso foi muito tempo depois Ela ficou feliz, estava com muitas saudades da Bruta e do Claro. Foi uma festa. Foram sempre felizes. Sempre. Nunca se tornava aborrecido o facto de estarem sempre juntos.
Os finais felizes são possíveis, mas não os vemos.
Tudo começou com um desvaneio sobre cavalos, abri uma janela de conversação e pus-me a despejar o que me ia na mente. O melhor foi o final, senti-me útil de alguma forma. Ontem foi algo do género, mas ao contrário, foi ela que me pediu que lhe contasse uma história. E eu contei. Devo informar que demorei duas horas e um quarto a fazê-lo, estava cansada. Faria qualquer coisa por ela em qualquer que fosse a situação em que me encontrasse. Deixo-vos agora a tal história que me levou mais de duas horas a ser escrita e pensada. Esta é a história da inês, postarei a outra história (a tal dos cavalos) noutras núpcias. Vamos começar.
Era uma vez... Uma menina que foi para Inglaterra, deixando todo o 'mundo' dela para trás. Sentia saudades das pessoas de Portugal, mas teve de se habituar à ideia, era o melhor para ela. Chegou ao aeroporto de Lisbon, fez o check-in e embarcou com destino ao UK. A viagem foi loooooooooooooooooo...oonga e atribulaaaaaaaa...aada, e mesmo assim conseguiu adormecer. Desta vez não sonhou, acordou com uma movimentação de ar, segundo a hospedeira tinham passado por um poço de ar. Aterraram suavemente, estava a chover lá fora. Quando saiu do avião nenhum dos trabalhadores de pista usava capa impermeável. Saiu do aeroporto de Bristol e ninguém usava guarda-chuvas pretos e carrancudos como imaginara. E continuava a chover. Pegou na mala que trouxera, respirou fundo e saiu de baixo do telheiro do respetivo aeroporto. Era como se tivesse uma proteção à sua volta (tipo o anúncio do Actimel, mas sem os L-casei) que não deixava que se molhassem.
Olhou em volta e nada era com tinha visto nas fotos que o pai lhe mandara. Era tudo tão grande e louco, não haviam automóveis, as pessoas andavam todas a pé ou de bicicleta, como nos filmes antigos. As estradas eram estreitas, os campos muito muito verdes, alguns cheios de árvores enormes e lindas. Passou por ela um senhor muito engraçado, estava a distribuir croissants por toda a gente, Era mágico e falava italiano, alemão e francês com fluência, dava uns toques em todas as outras línguas. Um poliglota extraordinário. Chegou ao pé da Francisca e disse-lhe: -Olá Xica, estava à tua espera. queres um croissant? - e a Francisca aceitou, achando muito estranho o que se estava a passar.
-Como sabes o meu nome?
-Eu sei tudo. - Disse, sorrindo. -Segue-me.
E ela seguiu, sem saber o que a esperava. Montaram na bicicleta do Félix, o Mágico, e partiram rumo ao arco-iris. Pelo caminho encontraram criaturas fantásticas, unicórnios e centáuros e borboletas com duas cabeças. A Francisca estava fascinada, e ainda mais ficou quando reparou que as árvores enormes tinham canecas de chá dos mais diversos sabores.
Ela foi muito feliz, e o Félix estava sempre a sorrir porque ela estava bem.
Chegaram ao arco-íris e ficaram alí, a comer croissants, beber chá e a olhar para a maravilha que era Bristol. A Francisca ficou vidrada no arco-iris, o brilho que tinha era mágico por si mesmo.
-Queres provar? - perguntou Félix, o mágico
-Provar?!
Levantaram-se e foram até ao arco-iris, e petiscaram um pouco dele. Se visses o brilho nos olhos com que a Xica ficou... naquele momento era o ser mais feliz à face do globo. **N.A.: O arco-iris sabia a nutella misturado com caramelo e algodão doce com um toque a canela e pipoca** O segredo dos arco-iris é que sabem às coisas que a pessoa que o prova mais gosta, por isso é que é tão mágico.
O Félix decidiu que era altura de a levar a ver mais coisas bonitas, mas os soldadinhos de chumbo chegaram quando eles estavam para ir embora. Tinham ordens para o prender e assim o fizeram. Levaram-no para as masmorras do castelo do Sir Robin porque ele era mágico e o Sir Robin não gostava de magia. A Francisca ficou muito indignada com tal acto, por isso foi falar com o Mavikon (rei dos centauro) e com a Jolinex (rainha dos unicórnios). Organizaram uma manif, juntaram todos os centauros e unicórnios e galoparam até ao castelo. Era suposto ter sido uma manifestação pacífica, apenas para libertarem Félix, o mágico, mas o Sir Robin também não gostava deste tipo de coisas e ordenou aos soldadinhos que abrissem fogo. Os unicórnios logo se defenderam, criaram um escudo mágico em sua volta (a magia era estritamente proibida) para se protegerem das monições, os centauros ripostaram com setas lançadas em arcos e os unicórnios começaram a mandar cupcakes para dentro do castelo. Acabaram todos gordos e com bastantes setas a trespassar os seus capacetes altos e pretos.
Invadiram o castelo. Mavikon e Jolinex procuraram Sir Robin por toda a parte, quando finalmente o encontraram fizeram juntos um encantamento que fez com que ele visse as coisas de uma maneira diferente, passou a adorar a música e o mundo mágico, sorria com muita mais facilidade. Foi uma vitória.
Francesca ficou atrás das 'tropas' à guarda de um dos centauros, quando viu Félix em liberdade, correu até ele e abraçou-o. Por muito pouco tempo que tenham passado juntos, ambos sabiam que a ligação que criaram se iria prolongar até sempre.
Ficaram grandes amigos, passaram grande parte do tempo a beber chá e a comer croissants. Eram felizes assim, os dois.
-Sabes, Xica? Os sonhos não são nada mais que uma realidade melhor, é sempre bom sonhar, é sempre melhor sonhar alto. Não te esqueças de mim porque nunca me irei esquecer de ti nem do que fizeste por mim.
Após ter ouvido isto, chegou à conclusão de que tinha passado dias e dias sem dormir, que o tempo passara de uma maneira extraordinária e já nem sabia que ano era.
Sentiu um ligiero toque no ombro, depois uma série deles. Acordou, olhou em redor, confusa.
-O Félix? - perguntou.
-Olá, o meu nome é Cristina. Desculpa por te ter acordado, parecias muito feliz no teu sonho, mas já chegamos a Bristol à alguns minutos e precisamos que todos os passageiros desembarquem em 3 minutos. Eu acompanho-te. - Disse uma hospedeira de bordo.
Fora tudo um sonho. Um sonho que a fez sorrir e amar. manteve sempre as últimas frases que o Félix lhe disse no pensamento: "Sabes, Xica? Os sonhos não são nada mais que uma realidade melhor, é sempre bom sonhar, é sempre melhor sonhar alto. Não te esqueças de mim porque nunca me irei esquecer de ti nem do que fizeste por mim.". Mal podia espera para se instalar na nova cama do novo quarto da nova casa na nova cidade para voltar a sonhar, para voltar e ser feliz.
**FIM**
"E é isto. Um ano.
Um ano a pensar em ti. Um ano com sentido.
E eu continuo a amar-te, desde o primeiro dia. Olhar para trás e notar o quanto mudámos, o que crescemos enquanto pessoas é um tanto gratificante. Ver que o nervoso miudinho não se alterou sempre que te diriges a mim, o meu coração pára cada vez que o fazes.
Dói muito saber que não estás bem, dói ainda mais por não saber o que fazer para te sentires melhor.
Tenho medo, percebes?
quero acordar e saber que tu vais estar lá, saber que te vou poder abraçar nesse mesmo dia e que vais estar sempre comigo.
Faz hoje um ano que nos conhecemos, faz hoje um ano que és o brilho dos meus olhos. Nunca te vou deixar.
Parabéns a nós."
Jess - 11 Abril 2012
Heis a verdade, eu amo-te.
"Todo o poeta, ou escultor,
Todo o actor, ou escritor,
Sonha um dia amar assim,
Sonha ter alguém pra si.
Todo o cantor, compositor
Largava tudo por este amor
Por um dia amar assim
Por um beijo num banco de jardim.
Mas o amor não é pra qualquer um,
Ser artista não é uma vantagem.
Os artistas amam um dia,
Vendo o amor apenas de passagem.
Quando o poeta sentir a dor,
Da mais antiga história de amor,
Só então vai entender
Porque Inês amou até morrer."
Não imaginas o quanto me tens enchido o coração nestes últimos dias, pequena grande inês. Estás comigo sempre, completas meus movimentos quotidianos. Danças na minha sombra, no chão, nas paredes, nos muros, nos reflexos das montras e janelas que me fazem querer saber mais de ti.É-me difícil sentir-te longe, estás sempre comigo, de encontro a meu peito, levemente. Vejo teu sorriso em cada pedra da calçada (que ironicamente me fazem tropeçar), de tua voz me lembro a cada gargalhada minha lançada p'r o ar.
Fazes-me querer continuar, na crença de um verão melhor. De uma primavera sem inspiração igual. Tens-me sido muito, querida, nunca me deixas ficar mal. Trazes de volta a alegria que me escapa por entre os dedos de vez a quando. Matas com um sorriso, reinas com um olhar. Ensinaste-me a ver com atenção o que o mundo nos dá, e eu continuo a ver sempre tão pouco... Estupidez minha, decerto. De outro jeito impossível seria.
Só tenho a agradecer-te, amiga.
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